Um breve resumo da História do Espiritismo
Quase no final do Séc. XIX, um
fenômeno agitava a Europa: eram as mesas girantes. Nos elegantes
salões das grandes mansões da socialite, após os saraus, mesas se moviam,
erguiam-se no ar e respondiam a questiúnculas divertidas com movimentos e batidas
no chão (tiptologia).
O fenômeno de diversão para a
sociedade, chamou a atenção de um professor e pesquisador sério do magnetismo e
discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail.
Rivail, cético, pedagogo francês,
fluente em diversos idiomas, autor de livros didáticos, adepto de rigorosos
métodos de observação e investigação científicas, não aceitou de imediato aqueles
fenômenos como legítimos. Estudou-os atentamente, observou, chegando à
conclusão de que forças inteligentes moviam aquelas mesas. Investigou a
natureza das forças, e identificou aceitando por meio de perguntas e respostas
sérias sobre os mais variados assuntos, que “espíritos de pessoas” que já
haviam morrido, eram responsáveis por aquelas movimentações e respostas.
Fazendo centenas de perguntas aos
Espíritos, o professor analisou as respostas, comparou-as, submetendo-as ao
crivo da razão (verdade), e suas conclusões de homem sério e respeitável, o levaram
a 18.04.1857, ao lançamento de O Livro dos Espíritos. Sob o pseudônimo de Allan
Kardec, o professor Rivail imortalizou-se, e ali estava lançado o que viria a
ser o Espiritismo.
Uma Doutrina de cunho
científico-filosófico-religioso. Uma proposta de aliança entre Ciência e
Religião que está expressa em uma das máximas de Kardec, em seu livro “A
Gênese” (1864): “O Espiritismo, marchando conjuntamente com o progresso, jamais será
ultrapassado, porque, se novas descobertas demonstrarem estar ele em erro em um
certo ponto, ele se modificará sobre este ponto; se uma nova verdade se
revelar, ele a aceitará e a acatará”.
Fonte:
febnet.org.br (Texto adaptado)